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segunda-feira, março 5

Corpo: ícone ou ídolo?

(Padre Paulo Ricardo)

 Na Sagrada Escritura, a palavra "mistério", quando foi traduzida das outras várias línguas para o latim e o português, foi traduzida como "Sacramentum" (sacramento), ou seja, sacramento e mistério o a mesma coisa, são o sinal visível; mas existe algo de invisível.

 Comopodemos ser de alguma forma um sacramento? Quando falamos de imagem, a primeira coisa que vem à nossa cabeça é da acusação dos nossos irmãos protestantes - de confissão calvinista - de que somos idólatras. E como nós saímos disso? É preciso saber a diferença de um ícone e de um ídolo. O ícone me remete ao céu e o ídolo me faz ficar nesta terra, mas ambos são imagens.

 O livro bíblico dos Gênesis diz que o homem estava nu, mas depois do pecado se escondeu de Deus, porque estava nu, ou seja, caiu em si quanto à sua condição, que agora era de pecado. No início estavam nus, mas porque não tinham consciência. Este não ter consciência quer dizer que Adão olhava para o corpo de Eva e via ali um ícone, uma janela para Deus, "esta, sim, é carne da minha carne, ossos dos meus ossos". Depois do pecado original nós perdemos a capacidade de olhar para o corpo de uma pessoa e ver ali a espontaneidade da maravilha de Deus. Quando vemos o corpo de uma pessoa hoje ou nós caímos na risada ou desejamos aquele corpo como um objeto. Então transformamos o corpo de um ícone a um ídolo.

 Nosso país é tristemente conhecido no exterior pelo carnaval devasso; no entanto, antigamente, o carnaval era uma diversão em família. Havia uma inocência nessa festa. O pessoal subia nos carros, fazia desfiles, o máximo de exagero que havia era jogar farinha no outro, jogar água, etc. Hoje muitas pessoas vão para o carnaval, num salão, por exemplo, para fazer sexo e um sexo quase grupal, com drogas e bebidas à vontade. Nas escolas de samba as mulheres estão "tecnicamente" pintadas, mas, na verdade, estão nuas. E fala a verdade: quando você vê uma daquelas mulheres nuas você diz: "Olha que mulher inteligente..."; "Veja que pessoa generosa, de qualidades espirituais"!? Claro que não! As pessoas veem as mulheres peladas em um daqueles carros alegóricos e as desejam como um objeto. E depois querem falar da dignidade das mulheres...
Mas como falar da dignidade das mulheres se estas estão peladas [no carnaval] , quando se transformam em objetos de desejo e consumo? As mulheres se vestem como objeto e depois reclamam que os homens as tratam como objetos!

 Existe uma tara típica do homem: ele quer ver corpos nus. Se você fizer uma pesquisa você vai ver que revistas, DVDs, sites de figuras de mulheres nuas, tudo isso é o homem que consome. E quem vai atrás de imagens de homens nus? É homem também. A mulher não está interessada em corpos nus, ela está interessada em tirar a roupa. O homem quer ver e a mulher quer mostrar. E isso foi colocado no nosso coração como uma idolatria, porque o pecado original quer que coloquemos a criatura no lugar de Deus. A mulher quer ser deus porque ela quer ser desejada; e o homem quer ser deus como dono daquele desejo, e assim os dois se destroem. O que temos de fazer? Não outro jeito a não ser sair do caminho da idolatria.

"O ícone me remete ao céu e o ídolo me faz ficar nesta terra"

 É no casamento que a mulher pode se apresentar ao marido, porque agora existe um sacramento, eles são um sacramento, uma imagem visível da união de Cristo com a Igreja, um sinal do céu.
Qual a cura para a pornografia? Não é eliminar a imagem do planeta; mas a cura da pornografia está na iconografia: é transformar a imagem em uma janela para Deus.
Vocês já viram uma foto de Madre Teresa de Calcutá que tenha sido registrado o olhar dela? Aquele olhar é o olhar de quem nos conduz para Deus. Aquele corpo, velhinho, todo enrugado, quebrado pelo esfoo do trabalho, aquele corpo é um ícone.

 Eu lhe pergunto: uma mulata em cima de um carro alegórico pode ser um ícone? Claro que não! Ela se transforma num ídolo de carne.
"O que tem valor não pode ser exposto"
 Se você notar, nos Atos dos Apóstolos, São Paulo, muitas vezes, curava as pessoas por intermédio de seu corpo. São Pedro passava e a sombra do corpo dele também curava as pessoas. São Paulo fazia as refeições e o pano com que ele limpava a boca curava as pessoas. Por que então tanta gente tem birra das relíquias veneradas pela Igreja? Não é a relíquia ou o corpo da pessoa que cura, é Deus que cura por meio dessas pessoas! Deus não precisa de nós, mas Ele quer precisar de nós.

 É importante nós entendermos que o nosso corpo é um ícone que nos abre para o céu ou um ídolo que nos prende a esta terra. Como podemos ser sinal desta graça de Deus? Tendo critérios para sermos um ícone. Qual o critério para as roupas, por exemplo? Até onde pode ir o decote, até onde pode ir a manga, até onde pode ir o comprimento da saia? Você não vai encontrar na Bíblia ensinamentos sobre isso, nem vai encontrar nos documentos da Igreja a maneira correta de como se vestir. Mas o "documento" que você vai encontrar está nos seus irmãos homens. Como nós homens nos sentimos agredidos ou atacados na nossa alma quando vemos uma mulher que não se veste bem! Mas como o bastasse se vestirem mal, a nossa sociedade está educando as mulheres desde crianças a se transformarem em ídolos. A menina com 4 anos de idade já é educada para se vestir como uma "prostitutazinha" e o pai, a mãe, o vovô, acham graça vendo a menina toda pintada, rebolando, dançando músicas eróticas. Nós precisamos aprender a educar as nossas crianças para o valor do corpo, porque o que tem valor não pode ser exposto!

Nós somos uma imagem de Deus, mas você escolhe: ou você será um ícone, que nos abre para Deus, ou você será uma imagem, que se fecha aqui nesta terra, que é o ídolo.
 
Fonte: PJ Shalom

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