A Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens é uma ação proposta pelas Pastorais da Juventude do Brasil, a fim de promover uma cultura de paz em defesa da vida das juventudes, lançada no ano passado no encontro Nacional de Fé e Política, encontro este que agrega diversos atores políticos e líderes das organizações do cristianismo no Brasil.
A demanda emerge da realidade do universo social que localiza o jovem como principal alvo de violência no Brasil. Sendo que, pretende agregar os setores do governo e da sociedade civil para pautar as discussões sobre a pluralidade desta juventude, entendida não somente pela faixa etária, mas a partir de vários símbolos, esteriótipos e expressões que variam com o tempo, com as formas de interação e com o espaço, e principalmente validar a defesa de que o jovem não é tão somente promotor de violência, mas que, sobretudo é um passivo deste processo.
A violência deve ser assumida como um problema de todos/as, pois é manifestada principalmente a partir da ausência de diálogos. Sendo assim, os espaços institucionais como a família, a escola, e outros, devem repensar as suas práticas sociais para findar com a promoção e difusão de suas manifestações, seja verbal, física, psíquica ou simbólica. Lembrando de que a violência surge justamente a partir da incapacidade de aceitar o posicionamento de outrem.
Para muitos/as a única linguagem que é conhecida é a violência. Portanto, partindo dessa afirmativa, constatada nos processos educativos, precisamos enfrentar e não cooperar com as ações de humilhação (chacotas, piadinhas, preconceito, discriminação, violência física, etc;), pois com a presença destes aspectos, todos perdem ninguém é ganhador.
Para isso, é importante se reconhecer neste processo, e a partir deste avanço de reconhecimento, é necessário agir novamente alterando as ocorrências advindas da própria autonomia (liberdade de escolha), na qual, somente cada sujeito é que poderá identificar.
Quando trabalhamos no âmbito deste público, o que se pauta é justamente a idéia de que os jovens consigam exercer o direito de expressão e de serem ouvidos. Com isso, saem do anonimato simbólico e passam a exercer um papel ativo na sociedade. Além disso, a rebeldia que antes era taxada como pejorativa, ganha um status de desabafo desta juventude, e com isso passamos a indagar: Com as manifestações de atos rebeldes, o que esta juventude quer comunicar?
O adulto neste processo é uma referência ao jovem, uma vez que possui uma vivência em tempo maior. O que é válido ressaltar nesta interação, é justamente a necessidade de não haver uma disputa de forças, mas um diálogo, onde ambas as partes, os contextos, os tempos e desejos devem ser considerados, mesmo aqueles que não sejam sadios ou quistos. O que se deseja é justamente a promoção de um amadurecimento e confronto de idéias.
A cultura de paz não se instala momentaneamente, e com isso é necessário uma implicação contínua. Afinal, como devemos enfrentar a violência? Enfrentar quem? Como?
É válido lembrar que a violência não é natural, ou seja, não nascemos com ela, contudo, as relações de interação com o mundo e com os outros sujeitos é que determina e instala tal dimensão.
Se combatermos o agressor, em vez de combatermos a agressão, perdemos a oportunidade de estabelecer uma nova relação com o outro. [1] Portanto, além de percebermos as diversas dinâmicas da violência, devemos pensar esta dimensão a partir de ângulos diferentes, mais amplos e mais críticos.
Por exemplo: pensar numa ação de um maníaco ou num estuprador e seu ato de agressão/violência é pensar também nos aspectos deste sujeito “enquanto humano” e não simplesmente criminalizá-lo ou devolver em forma de violência (ou até mais violenta) os seus atos. É pensar complexamente quais as lacunas do seu processo de formação, processo afetivo, processo ético, que muita das vezes é seqüenciado de frustrações e também de agressões, ou até mesmo de negações.
Portanto, pensar em condenar somente o agressor de um ato é reduzir a cena da opressão. Por isso, é necessário pensar qual o suporte de tal cena, tais como: o impacto da herança da pobreza social na sua vida; a ausência de políticas de promoção; as regularidades e disciplinas do cotidiano; para que a partir daí, sim, o ato seja compreendido em sua conjuntura.
A demanda emerge da realidade do universo social que localiza o jovem como principal alvo de violência no Brasil. Sendo que, pretende agregar os setores do governo e da sociedade civil para pautar as discussões sobre a pluralidade desta juventude, entendida não somente pela faixa etária, mas a partir de vários símbolos, esteriótipos e expressões que variam com o tempo, com as formas de interação e com o espaço, e principalmente validar a defesa de que o jovem não é tão somente promotor de violência, mas que, sobretudo é um passivo deste processo.
A violência deve ser assumida como um problema de todos/as, pois é manifestada principalmente a partir da ausência de diálogos. Sendo assim, os espaços institucionais como a família, a escola, e outros, devem repensar as suas práticas sociais para findar com a promoção e difusão de suas manifestações, seja verbal, física, psíquica ou simbólica. Lembrando de que a violência surge justamente a partir da incapacidade de aceitar o posicionamento de outrem.
Para muitos/as a única linguagem que é conhecida é a violência. Portanto, partindo dessa afirmativa, constatada nos processos educativos, precisamos enfrentar e não cooperar com as ações de humilhação (chacotas, piadinhas, preconceito, discriminação, violência física, etc;), pois com a presença destes aspectos, todos perdem ninguém é ganhador.
Para isso, é importante se reconhecer neste processo, e a partir deste avanço de reconhecimento, é necessário agir novamente alterando as ocorrências advindas da própria autonomia (liberdade de escolha), na qual, somente cada sujeito é que poderá identificar.
Quando trabalhamos no âmbito deste público, o que se pauta é justamente a idéia de que os jovens consigam exercer o direito de expressão e de serem ouvidos. Com isso, saem do anonimato simbólico e passam a exercer um papel ativo na sociedade. Além disso, a rebeldia que antes era taxada como pejorativa, ganha um status de desabafo desta juventude, e com isso passamos a indagar: Com as manifestações de atos rebeldes, o que esta juventude quer comunicar?
O adulto neste processo é uma referência ao jovem, uma vez que possui uma vivência em tempo maior. O que é válido ressaltar nesta interação, é justamente a necessidade de não haver uma disputa de forças, mas um diálogo, onde ambas as partes, os contextos, os tempos e desejos devem ser considerados, mesmo aqueles que não sejam sadios ou quistos. O que se deseja é justamente a promoção de um amadurecimento e confronto de idéias.
A cultura de paz não se instala momentaneamente, e com isso é necessário uma implicação contínua. Afinal, como devemos enfrentar a violência? Enfrentar quem? Como?
É válido lembrar que a violência não é natural, ou seja, não nascemos com ela, contudo, as relações de interação com o mundo e com os outros sujeitos é que determina e instala tal dimensão.
Se combatermos o agressor, em vez de combatermos a agressão, perdemos a oportunidade de estabelecer uma nova relação com o outro. [1] Portanto, além de percebermos as diversas dinâmicas da violência, devemos pensar esta dimensão a partir de ângulos diferentes, mais amplos e mais críticos.
Por exemplo: pensar numa ação de um maníaco ou num estuprador e seu ato de agressão/violência é pensar também nos aspectos deste sujeito “enquanto humano” e não simplesmente criminalizá-lo ou devolver em forma de violência (ou até mais violenta) os seus atos. É pensar complexamente quais as lacunas do seu processo de formação, processo afetivo, processo ético, que muita das vezes é seqüenciado de frustrações e também de agressões, ou até mesmo de negações.
Portanto, pensar em condenar somente o agressor de um ato é reduzir a cena da opressão. Por isso, é necessário pensar qual o suporte de tal cena, tais como: o impacto da herança da pobreza social na sua vida; a ausência de políticas de promoção; as regularidades e disciplinas do cotidiano; para que a partir daí, sim, o ato seja compreendido em sua conjuntura.
R.M
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